segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pop Tevê: “Passione” aposta em drama, comédia e suspense para fisgar o público

Silvio de Abreu, no lançamento de "Passione" em São Paulo
O pacato Leblon de Manoel Carlos sai de cena para dar lugar à agitada São Paulo de Silvio de Abreu nesta segunda-feira (17). Desta vez, porém, em vez de Búzios –cidade praiana escolhida pelo autor de “Viver a Vida” para ser o núcleo complementar do Leblon–, em “Passione”, os personagens da capital paulista vão viver em uma região igualmente charmosa, porém muito mais distante do que o balneário fluminense: a Toscana, na Itália.
“Durante a minha juventude, tive o privilégio de acompanhar o auge do cinema italiano dos anos 40 aos 60. Assistia a esses filmes com enorme prazer. ‘Passione’ vem dessa paixão”, conta Silvio de Abreu, ao explicar de onde tirou inspiração para escrever a nova novela das oito da Globo.
Entre São Paulo e Toscana, Silvio, com a ajuda da diretora de núcleo Denise Saraceni e do diretor geral Carlos Araújo, vai contar a história de Bete, matriarca da rica família Gouveia –interpretada por Fernanda Montenegro–, que vê sua vida mudar da noite para o dia ao descobrir um segredo do passado. Antes de morrer, Eugênio, seu marido vivido por Mauro Mendonça, conta a ela que o filho de outro homem que ela teve e pensou ter morrido no parto, está vivo e mora na Itália.
“A novela é uma saga. Acho que existem uns cinco núcleos que a circundam. São histórias que têm uma razão de ser e se entrosam. E esse entrosamento se dá no desenrolar da vida de cada personagem”, descreve Fernanda Montenegro. Espantada com a revelação que Eugênio faz à beira da morte e disposta a reencontrar o filho que sempre acreditou estar morto, Bete decide ir atrás dele na Itália. O problema é que ela vai ter de contar com “duas pedras no meio do caminho”: os vilões Fred e Clara, personagens de Reynaldo Gianecchini e Mariana Ximenes.
Patrícia Araújo/UOL
Mariana Ximenes confere o texto antes de gravar cena de "Passione" na USP
Ambiciosa e louca para ficar rica a qualquer preço, Clara, que é enfermeira de Eugênio, escuta a revelação que o moribundo faz à esposa e conta o segredo a Fred, seu namorado igualmente mau-caráter. “A Clara é uma vilã cheia de facetas. Acho até que posso apanhar na rua por causa dela”, diverte-se Mariana Ximenes, que se inspirou na megera Nazaré, papel de Renata Sorrah em “Senhora do Destino”, para construir a moça.
Com o segredo em mente, Clara e Fred vão até a Itália atrás do filho de Bete. Tudo para dar o golpe no ingênuo italiano, que lá atende pelo apelido de Totó, e tirar a herança a que ele tem direito. Interpretado por Tony Ramos, o personagem é um viúvo, pai de quatro filhos, que trabalha no campo e tem um amor e uma dedicação enormes pela família. Encantado com a beleza angelical de Clara, ele acaba caindo na lábia da vilã.
“O Totó é um viúvo, que não deve nada a ninguém. Aí aparece uma menina que sorri para ele e diz que precisa de um motivo na vida. Ele não resiste e se apaixona”, adianta Tony Ramos, que contracena ainda com Aracy Balabanian, Germano Pereira, Leandra Leal, Daniel de Oliveira, Miguel Roncato, Bruno Galiasso e Marcelo Médici.
Divulgação
O ator Tony Ramos, como o Totó de "Passione"
Paralelamente à história da busca de Bete por Totó, há a trama dos outros três filhos da matriarca: Saulo, papel de Werner Shunemann; Gerson, de Marcello Antony; e Melina, papel de Mayana Moura. Enquanto Saulo, o primogênito, faz de tudo para ter ainda mais poder nos negócios da família Gouveia, Gerson e Melina não estão muito preocupados para isso. Afinal, Gerson, que é piloto de Stock Car, só pensa em se dedicar às corridas.
Já Melina, que foi criada como uma bonequinha de luxo, é a estilista dos produtos da empresa e tem como principal objetivo de vida conquistar Mauro, filho do chofer da família vivido por Rodrigo Lombardi. “Quero fazer com que o público tenha prazer de esperar a hora da novela para assisti-la. Não apenas por curiosidade para saber o que vai acontecer, mas pelo prazer de ver os atores representarem e acompanhar a história”, torce Silvio de Abreu.
Por: Carla Neves

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