sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Taís Araújo segurou Helena como uma leoa", diz Manoel Carlos

 Imagem: Divulgação/TV Globo


RIO DE JANEIRO - Mesmo com a média dos índices de audiência nada favoráveis, Manoel Carlos, autor de “Viver a Vida”, defendeu sua trama e afirmou que atingiu seu objetivo de tratar do tema superação. Maneco, como é chamado nos bastidores da Rede Globo, declarou ainda que Taís Araújo, por vezes criticada como Helena, protegeu a personagem como “uma leoa”.
“Não deve ter sido fácil recriar uma personagem que já está tão arraigada no imaginário do público. Alinne vem aprimorando seu talento ao longo dos anos. Eu e Jayme [Monjardim] decidimos entregar a Luciana para Alinne [Moraes], uma personagem cheia de nuances, reviravoltas e complexidades, exatamente por acreditar no seu potencial. Alinne superou todas as nossas expectativas. Ela foi irrepreensível”, disse em entrevista ao jornal "Extra".
Imagem: Divulgação/TV Globo
Nesta sexta-feira, “Viver a Vida” chega ao fim sem grandes surpresas. Além disso, assuntos que foram divulgados no início da novela acabaram deixados de escanteio, como foi o caso da medicina paliativa, tema que seria abordado com Ariane (Christine Fernandes) e Ellen (Danielle Suzuki).
“O maior acerto foi falar do tema da superação em todas as tramas. Eu me emocionei várias vezes escrevendo cenas para Tereza e Luciana, ou para Ingrid e seus filhos. Se eu pudesse mudar alguma coisa, talvez teria explorado mais a questão da medicina paliativa, mas não deu tempo”, justificou.


Imagem: Divulgação/TV Globo
Assim como temas, personagens também “desapareceram” no meio da história. Maneco disse que essas coisas acontecem, são normais em novela. “Costumo dizer que são acidentes de percurso. Em ‘História de Amor’, o Stepan Nercessian tinha seu nome nos créditos e nunca entrou na novela. Até hoje damos risada disso”, relembrou.
O grande mistério para o final era a revelação de quem era o pai do filho de Dora (Giovanna Antonelli), personagem que seria vilã na trama. Garcia, interpretado por Mario Jose Paz, está mais que escalado para a posição. Basta saber se Maneco irá surpreender o público.
“Não costumo caracterizar meus personagens como vilões ou mocinhos. Não acredito que as pessoas sejam totalmente boas ou más. No início, Dora se interessou por Marcos, sem saber que ele era casado com Helena. Para o público, ela estava atrapalhando uma relação bem-sucedida e isso incomodava”, disse. Talvez a boa química entre Mario Jose, Giovanna e Klara Castanho tenha feito público e autor mudarem o rumo da história.
Na entrevista ao jornal carioca, Maneco ainda ressaltou atores que se destacaram na novela. “Não posso deixar de citar Taís Araújo, maravilhosa como Helena. As minhas queridas Lilia Cabral e Natália do Vale também foram impecáveis. Mateus Solano fez um trabalho duplamente perfeito como os gêmeos, tão iguais e tão opostos. E Alinne que já mencionei acima. Entre as grandes revelações, indico a Nanda Costa e a Adriana Birolli. E o trabalho fantástico de Bárbara Paz”, finalizou.

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