Aliás, a maneira, digamos assim, “respeitosa e discreta” como o jornalismo televisivo encara a profissional Marília Gabriela é para mim um mistério. Ela é, de longe, a mais carismática de todas as mulheres jornalistas da televisão. Se algum canal de notícias resolvesse apostar nela, ela se tornaria no mínimo a nossa Christiane Amanpour. Mas, em vez disso, o que se privilegia é o jornalismo das caras e bocas, do tipo muita boniteza e pouca consistência. É uma linha a seguir, e como qualquer outra deve ser respeitada. Mas confesso que, quando vejo, acaba por me dar um certo tédio… E eu sempre mudo para a CNN.
Mas, se estou falando da Marília Gabriela jornalista – já testada, um milhão de vezes aprovada, requisitadíssima para comerciais por força da credibilidade que passa -, não posso esquecer a Marília Gabriela atriz… E, depois de Duas Caras e Cinquentinha, haverá alguma criatura despeitada e malévola capaz de dizer que ela não é das grandes?
Marilia é tudo isso… E é também o que a gente chama, correndo o risco de cair num certo lugar comum, de grande figura humana. E talvez seja essa a sua desvantagem. Nunca ouvi dizer que ela tenha dado rasteira em alguém… E menos ainda que passou por cima. Ela briga sim, mas com sua grande arma, que é o talento.
E é por isso, não apenas por nossa amizade, mas por causa da sua capacidade de mesmerizar a audiência, que neste dia 6 de junho minhas televisões aí no Brasil estarão todas sintonizadas no De frente com Gabi no SBT: porque – a concorrência que me desculpe – vai valer a pena.
Por Aguinaldo Silva
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